Em que se
transformou a política nestes tempos modernos, onde todos defendemos a
democracia, mas o mais elementar instrumento não o utilizamos para proveito
próprio; o voto. Agora que ouvimos falar em cortes na ordem dos 8% nos
ordenados da função pública acima dos 600 euros, penso; no que anda o povo a
fazer? No que andamos todos nós a fazer? Será que no acto eleitoral estamos a
ser devidamente representados na assembleia? Somos ensinados que esta república
representativa represente – passo a redundância -, o povo no parlamento mas, não creio que exista nenhuma pessoa que antes de votar soubesse o que se iria
passar.
Bem sei que esta conjectura não é favorável em toda a Europa, muito menos
para os P.I.G.S, mas nesse caso estamos a ser enganados todos os dias. No acto
eleitoral, votamos num menu onde só conhecemos o chefe da cozinha e esse mesmo
chefe, com toda a pompa e circunstância, apresenta o cardápio que nos faz ou
não ficar com água na boca. Quem não gosta de comida elaborada? Todos, penso. Porém,
esse cozinheiro sabe, de antemão, que não tem batatas, arroz, filet mignon nem
nenhuma especiaria para confeccionar o alimento, contudo vende o produto como sendo o de melhor qualidade. O pior
acontece quando mandamos vir o prato escolhido pela maioria e nos deparamos com
um prato sem filet mignon. Há lá qualquer coisa, mas não é o filet mignon. O nosso cérebro entra em negação e as nossas papilas gustativas
transformam aquela argamassa em filet mignon. É essa a capacidade que o nosso
cérebro tem. A realidade não espera por nos bater à porta e o Chefe de cozinha que agora
elegeu a seu belo prazer os seus sub-chefes, dita o que vamos comer
nos próximos 4 anos. Reparamos então que nada tem a ver com a carne tenra
apregoada. Mas… e depois?
A analogia
política é fácil de fazer, é sempre preocupante constatar que o governo que
apresentou um menu antes de ser eleito, se distanciou abismalmente do mesmo.
Não nos podemos esquecer que sem NÓS eles não podem nada. Portanto, nas
próximas eleições votem, pois ao que parece – tendo em conta a taxa de não
votantes -, metade de Portugal está-se borrifando para isto. Até quando é que
vamos ter medo deles? Eles precisam de nós, mais do que nós deles.
Sei que o medo de perder
tudo faz o povo ter ainda mais medo e vamos aceitando estas medidas, com pouca
ou grande dificuldade, mas aceitamo-las. Por muitas greves que se façam, seja no terreiro do
paço, seja na ponte, a máquina do cozinheiro vai continuar a desvirtuar o menu
apresentado. Só nos resta o tribunal constitucional para travar esta megalomania. Lembro que há pessoas que já nada têm e que se olhavamos para a Grécia com olhos de desconfiado, está na altura de olharmos melhor para o futuro de Portugal.
Deixo um pequeno vídeo, com a esperança de passar a mensagem de
que o Povo continua a alimentar esta espécie de pessoas na política e portanto,
cabe ao povo, através do voto, destituir esta … gentinha.
Já agora acrescento que, esse primeiro ministro a que PPC se refere (como mentiroso) é José Sócrates. Irónico não é?
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