quinta-feira, 1 de agosto de 2013

KKK e a irracionalidade

Tudo o que esteja relacionado com a ideia de anti justiça, não só deve ser debatido com inteligência, como com sarcasmo, pois quando a inteligência peca por escassa, só com palhaçada é que se consegue mostrar alguma coisa a determinadas pessoas e o Ku Klux Klan não foge à regra.
Hoje trago-vos um dos assuntos da actualidade, o KKK está a aumentar no sul dos EUA, aumentado o atrito entre a comunidade Negra e o “White Power”, como gostam de ser chamados.

Se repararmos um pouco na história, quase todas as irmandades começam com “bons princípios” – é preciso situar sempre tudo no seu tempo -, como a justiça e a igualdade e acabam por vilipendiar esses dois pilares. Desde o tempo de Salomão até aos dias de hoje, tudo começa bem, acabando sempre em sangue.

Investiguei um pouco sobre essa irmandade chamada KKK e é surpreendente como todo o processo se dá:


Tudo começa em 1860, aquando um grupo de pessoas (Tennessee) de elevado gabarito criam o KKK como clube social. Como todos os clubes sociais, assentam a sua “instituição” sobre os pilares de justiça e igualdade tendo como objectivo o desenvolvimento da região. Tudo corre bem, até o governador vigente aumentar drasticamente os impostos. Em peso, vestidos a preceito – com capuz branco pontiagudo- e a cavalo, o KKK bane o governador e os seus impostos. Estas acções tornaram-se sistémicas a outros estados vizinhos que, pela mesma bitola, julgam os seus governadores obtendo assim a sua justiça no que refere ao pagamento de impostos. Com estes actos heróicos aumentam os aficionados ao ponto de se necessitar de um líder comum. A votos ganha nada mais nem menos do que Bedford Forrest, uma das mais sonantes figuras da Guerra Civil americana (1861-1865).

Como vêem ainda não falei sobre o racismo direccionado aos negros. Por que razão será? Porque o princípio das pessoas que fundaram o KKK não tinham qualquer discriminação, fosse ela social, racial, religiosa, etc. Foi até notável a forma como ajudaram os negros a preservar as suas terras, que com esforço conseguiram comprar. Portanto, o começo do KKK era promissor.

Introduzo agora a noção de debilidade tribal. Quando a tribo cresce há uma grande possibilidade que se desconjunte, pois criam-se micro-tribos com ideias diferentes. Com uma tribo tão grande, o KKK começa a mostrar as fragilidades humanas; justiça pelas próprias mãos por ideais mais radicais, criavam quezílias internas. O mesmo que liderava o grande grupo – Forrest -, cessa-lhe as funções e o KKK chega ao fim, extinguindo-se, ficando somente os conceitos no ar.

Porém o século é dobrado. Com o fim da primeira guerra mundial e respectiva recessão de 1929, as ideias mais radicais começam a vingar, pois em tempos de crise este pânico animal que vive adormecido dentro de nós, uiva. Devido à necessidade de choque com o sistema, principalmente financeiro, começa a pressão sobre a raça negra (muitos deles Afro-americanos), para que saiam dos EUA, deixando assim lugares de trabalho vago para os brancos americanos. Estas células acabam por "desaparecer" em 1933.


Mas sabem como são os malandros: " Malandro não pára. Malandro dá um tempo". Nas décadas de 50/60 votam à carga. Com menos pessoas mas mais radicais. Tentam destruir o povo negro de qualquer poder ou igualdade. Relembro que nos anos 60, Martin Luther King Jr, era uma figura proeminente nos EUA com o seu famoso "I have a dream". Assistiu-se ao horror, com linchamentos, perseguições, tortura, etc. Estas células reactivaram-se fortemente nos tempos que correm. No Sul  dos EUA, Alabama, Texas, Tennessee, Mississipi, etc, estão para ficar com novos métodos de combate. Ao ler um líder, constatei que associam os negros ao pecado. Ora sendo o símbolo dos KKK uma cruz cristã, é normal que cavalguem sobre o infiel. Não pude deixar de reparar que as saudações Nazis, e a cruz suástica fazem parte da indumentária dos senhores de chapéus/mascara ponto-e-agudo.


Talvez por falta de cultura geral por parte dos "rednecks", quero lembrar que Hitler era contra a raça Americana como qualquer raça que lhe fizesse frente, portanto não compreendo a adopção de tais símbolos e saudações. Foram muitos negros mortos pelos Nazis, mas incalculavelmente maior os de raça branca. Agora os Negros lutam, e não creio que isto se finde. Como foi possível, que as ideias, a fé em algo melhor, a justiça e a igualdade tenham sido assimiladas pela ignorância e regurgitada em forma de inquisição moderna? O xadrez está montado.


Que pena.

Aqui há gato e é preto.


Era bem mais giro se tivesse sido assim:


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